Para traçar um plano de descida é preciso entender como correm os rios
A descida de um rio a bordo de um barco de rafting ou canoa depende do seu tipo de corrente de água, definida pela formação do leito e das margens. Analisando as características das margens e da ondulação, é possível saber a formação do fundo e o movimento da corrente. Assim pode-se traçar um plano coerente de descida.
A corrente pode ser descendente (no sentido do rio), contrária ou indefinida. A turbulência é formada quando a corrente principal, em desnível, encontra obstáculos, como pedras e bancos de terra ou areia.
Já os refluxos aparecem em grande quantidade em rios com muito desnível. A água que passa sobre uma pedra ou um ponto de desnível, cai em um buraco, ou em um platô, provocando movimentos de turbulência no sentido contrário a corrente.
A seguir, um pequeno glossário das águas bravas:
Correntes
Corrente laminar: é suave e sem obstáculos, onde a água tem mais velocidade no centro do que no fundo e nas margens.
Corrente helicoidal: é formada quando a corrente segue da margem até se chocar com a corrente principal e retorna por baixo. Por vezes, fica mais difícil de nadar a poucos metros da margem
Correntes caos: como o nome já diz é quando não há nenhum padrão de correnteza
Turbulências
Remansos: podem formar no meio do rio, atrás de pedras, de refluxos ou em regiões de transição de corrente, como nas margens do rio. São regiões onde a água pode estar parada, agitada ou até em direção contraria ao rio.
Linha de remanso: é uma área de águas muito fortes, indefinidas e turbulentas, que divide as regiões entre a corrente e o remanso
Ondas estacionárias: como diz o nome, é uma onda que permanece no mesmo lugar. Pode ser formada por diversos fatores: depois de uma pedra, próxima da superfície (quanto mais próxima, mais agitadas as ondas); quando o rio se afunila, aumentando a velocidade da água, e a corrente perde velocidade após um desnível; quando a corrente principal encontra uma corrente mais lenta nas margens e quando duas correntes se encontram.
Refluxos
Refluxos abertos: com formação em “U”, possibilita alcançar correntes no sentido do rio e se desprender, ou ainda sair pelas laterais. Por isso são os menos perigosos
Refluxos fechados: representam um perigo maior, pois a tendência de sua formação em “V” é sempre voltar para o centro, dificultando a saída
Refluxos retos: são formações “perfeitas” que normalmente aparecem depois de barragens. Podem ser difíceis de transpor pelo centro, mas sempre é possível sair pelas laterais. É preciso ter cuidado com os refluxos após represas, pois representam um dos maiores perigos dos esportes de águas brancas; a perfeição dos movimentos rotatórios da água não abre brecha para a saída, por isso devem ser evitados.
Refluxos diagonais: formam na diagonal do rio e são fáceis transpor
Os refluxos retos e os fechados são muito perigosos. Uma das técnicas para sair de um refluxo é nadar para o fundo, pois a corrente no fundo do rio leva para fora da turbulência
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sábado, 5 de dezembro de 2009
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