quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Barotrauma


BAROTRAUMA DO OUVIDO MÉDIO

Ocorre devido a obstrução da trompa de eustáquio durante o período da compressão, surgindo uma hipotensão relativa do o.m., com lesões da caixa timpánica e da membrana do tímpano. é a mais freqüente das doenças de mergulho, na maioria das vezes menos grave.

A trompa de eustáquio permanece quase sempre, ligeiramente fechada e se abre normalmente no ato de deglutir, bocejar, em movimento de laterodidução da mandíbula e principalmente da manobra de valsalva.

No período da compressão, um aumento de pressão é aplicado a superfície externa da membrana timpânica. para que se atinja o equilíbrio, o ar comprimido deve alcançar a superfície interna da membrana, através da trompa de eustáquio. se o ósteo-tubário (músculo que se localiza na junção da trompa de eustáquio com a face lateral interna da garganta), sofrer um espasmo ou estiver obstruído por muco, hipertrofia de tecidos adjacentes ou mesmo por má formação, surgirá um gradiente de pressão entre as faces interna e externa da membrana timpánica, que se abalará para dentro da caixa do tímpano.

BAROTRAUMA PULMONAR

Ocorre somente no mergulho livre, quando um indivíduo apesar de submetido a hiperpressão da profundidade, não respira ar comprimido através de fonte artificial, sofrendo por isso compressão do volume gasoso pulmonar. Esta compressão é consequentemente a diminuição de volume, ultrapassam o limite de compressibilidade do pulmão, observamos que a capacidade pulmonar total se igual ao volume de ar residual além deste limite o pulmão passa a se comportar como uma cavidade rígida e incompressivel e a mucosa alveolar começa a reagir com hiperemia e passagem de transudado, desencadeando um quadro de edema pulmonar, esmagamento toráxico e hemorragia, com trágicas conseqüências para o mergulhador.

BAROTRAUMA FACIAL

Também conhecido como barotrauma de máscara, pode ocorrer durante a descida, se o mergulhador não equilibrar a pressão do ar existente no interior de sua máscara facial com a pressão ambiente, soprando pelas narinas. A redução da pressão neste espaço aéreo faz com que se instale um fenômeno de ventosa no interior da máscara, provocando nos tecidos circunjacentes lesões como equimose e edemas faciais e principalmente derrames oculares hemorrágicos com lesão da conjuntiva.

BAROTRAUMA DO OUVIDO EXTERNO

Ocorre quando a abertura do o.m., encontra-se obstruída pela presença de rolhas de cerumem ou tampões auriculares, inadvertidamente utilizados pelo mergulhador para impedir o contato do ouvido diretamente com água, criando-se no interior do condutor auditivo um compartimento estanque, cuja pressão torna-se menor que a do ambiente e a do o.m. equilibrado com a faringe através da trompa de eustáquio.

Neste caso ocorre o mesmo fenômeno descrito para o barotrauma do o.m., com a diferença que o abalamento da membrana timpánica, se dá no sentido inverso, ou seja, do interior para o exterior da caixa do tímpano.

Quanto ao tratamento, basicamente é o mesmo adotado no barotrauma do o.m., podendo nestes casos, incluir o uso típico de soluções antibióticas ou corticosteóides.

BAROTRAUMA SINUSAL

Os seios da face constituem cavidades aéreas, e estão normalmente conectadas com a nasofaringe através dos estilos e canais sinusais, permitindo o estabelecimento de equilíbrio de pressões entre estas cavidades, e o resto do aparelho respirador durante a compressão. Porém, se ocorrer a obstrução de um desses óstios ou canais, o seio facial correspondente, transforma-se numa cavidade fechada, que não mais se equilibrará com o meio ambiente e com os tecidos circunvizinhos.

Estabelece-se no seu interior uma pressão relativamente negativa, dando origem a um processo de edema e congestão da mucosa sinusal, com formação de transudado e hemorragia. Os sintomas consistem de dor continua e de intensidade crescente na região frontal, que cessa com a interrupção da compressão. Pode ocorrer hemorragia nasal. o tratamento compreende o uso da medicação analgésica e antiinflamatória, alem de interrupção temporária de exposição as variações de pressão, até o total desaparecimento dos sintomas.

BAROTRAUMA DENTAL

Ocorre em torno das raízes dentárias. Podemos encontrar, em alguns casos, pequenas bolsas de gás resultantes da fermentação de alimentos que estando isoladas e encapsuladas, podem, durante a compressão, reduzir de volume e o seu espaço ser ocupado por fluidos ou sangue. Durante a descompressão, a bolha estabelecerá um aumento de pressão sobre as raízes nervosas, provocando intensa sintomatologia dolorosa.

BAROTRAUMA DE ROUPA

Caso extremamente peculiar, entretanto não é impossível. ocorre devido a uma má colocação da roupa, onde porventura permanece uma pequena bolsa de ar enclausurada entre a roupa e a pele do mergulhador. Esta bolha como qualquer cavidade aérea, sofre os efeitos da pressão, ao reduzir de volume, poderá provocar pequenas hiperemias e leve compressão do local.

BAROTRAUMA ABDOMINAL

CAUSAS: Retenção de gases nas viceras ocas, durante a subida

CONSEQÜÊNCIAS:

Distensão abdominal

Dores e cólicas

Perfuração

COMO EVITAR:

Alimentação adequada

Evitar deglutir saliva

Não ingerir bebidas com gás

Manobras de compensação





http://www.divingcollege.com.br/divingcollegev02/portugues/multimidia/artigos/artigo20080415.aspx

http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080805120803AA1efrj

http://www.brasilmergulho.com/port/artigos/2002/002.shtml

http://www.scribd.com/doc/2569196/APOSTILA-DE-MERGULHO

http://www.scafo.com.br/noticia.asp?codn=1265

http://www.brasilmergulho.com.br/port/artigos/2004/018.shtml

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