sábado, 5 de dezembro de 2009

Técnicas utilizadas em espeleologia

Para explorar com segurança os ambientes subterrâneos, os espeleólogos utilizam técnicas de caminhada em terrenos inundados e travessia de rios, técnicas verticais (escaladas, ascensões e rappel e mergulho).


Técnica de escalada

O objectivo geral da escalada é o de conseguir ascender por superfícies quase verticais, em gelo, rocha ou paredes artificiais construídas propositadamente para a prática desportiva. Para vencer o desafio da verticalidade em segurança, o indivíduo tem que usar equipamento e técnicas adequadas de protecção. O desejo de subir, de alcançar o topo é próprio do ser humano, que se antes o fazia por necessidade e desafio à sua própria existência, agora o faz para testar os seus limites e ver até quanto mais alto consegue chegar por si e em relação aos outros. As técnicas de escalada são: Desportiva, Clássica, Artificial e Livre que são aplicadas de acordo com o nível dos praticantes e condições naturais da parede.

Não é uma actividade que possa ser considerada dispendiosa, exigindo sim muito esforço, concentração, capacidade de resistência, grande controlo mental, grande conhecimento e controle corporal, bem como uma boa capacidade de visualização para movimentos sequenciais.

Escalada em Top rope


Suspende-se o meio da corda no topo de um penedo através das sangles. Numa ponta encorda-se o escalador e, na outra, o segurador coloca a corda no dispositivo de segurança (Oito ou Grigri). A escalada faz-se como que em suspensão. Se o segurador puxar com a corda com força, até pode içar o escalador. Não há quedas de impacto existindo apenas um deslizamento. O Top rope é utilizado para aprendizagem ou para o estudo de uma via.
Escalar à frente

Numa ponta da corda encorda-se o escalador e, a uns três metros, no corpo da corda, o segurador coloca o dispositivo de segurança. O escalador inicia a escalada enquanto que o segurador vai dando corda. Assim que o escalador chega a um ponto de amarração (ancoragem) na rocha, coloca uma express e passa a corda pelo outro mosquetão da express. Parece complicado, mas aprende-se vendo e fazendo.Neste tipo de escalada existe a possibilidade de queda quando o escalador está entre dois pontos de segurança e falha um passo! Só o ponto de segurança anterior o sustém da queda



Técnica de Rappel



Fazer rappel é fazer uma descida de uma encosta através de uma corda, a qual está segura ao topo dessa encosta.

Existe uma grande variedade de técnicas de rappel, desde as mais simples, sem nenhum equipamento especial, até ao rappel mais sofisticado, usando equipamento (descensores, shunts, etc.).

Para fazer rappel usa-se corda estática, com um diâmetro de cerca de 10-11 mm. A corda dinâmica é usada para servir de segurança, uma vez que a sua elasticidade permite absorver um pouco a força de uma queda acidental.




Segurança no rappel

- Mão que controla a travagem

• Em termos de segurança, a mão que controla travagem, ou seja, que segura a corda que cai, deve manter-se afastada do descensor (ou do mosquetão no caso das técnicas anteriores com mosquetão) uma distância de segurança «d».

• Esta distância deve ser, normalmente, superior à distância entre o cotovelo e a ponta dos dedos.

• No caso de esta distância de segurança não ser mantida, corre-se o risco de os dedos serem «engolidos» e trilhados pelo descensor, tal é a força usada neste sistema de travagem.













Outras pessoas

• Nunca se deve praticar rappel sozinho.

• Para a segurança básica do rappel basta uma pessoa colocada na base da pista de

rappel, segurando a corda (válido para técnicas com mosquetão e descensor) e observando atentamente quem faz a descida.

• No caso de acontecer alguma coisa a quem está a fazer rappel, o segurança apenas tem de puxar a corda para baixo, travando assim imediatamente a descida.

Por: Suse
Bibliografia:

http://www.lusorafting.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=28&Itemid=112


http://www.sbe.com.br/diversos/Proposta%20Protocolo%20Espeleo%20Vertical.pdf


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