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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Metodologia para a aprendizagem da canoagem


Desde sempre, o homem teve a necessidade de dominar a água, assim como os fenómenos naturais em geral. Tendo em vista que ¾ da superfície terrestre é coberto por água, o acto de remar tornou-se uma actividade necessária por conveniência (Imbriaco, 2001). Porém, mesmo sem a utilização de nenhuma metodologia/técnica específica para a aprendizagem da canoagem, apenas os conhecimentos empíricos dos mais velhos eram passados de geração para geração para o desenvolvimento da prática.

Com a mudança das tecnologias e materiais mais modernos na construção de caiaques e remos e, também, no ritmo de vida das pessoas, hoje em dia a aprendizagem do desporto está agregada a outros factores. Actualmente, a necessidade de aprender este desporto não está vinculada a uma necessidade vital, mas sim pelo gosto por desportos náuticos, pela busca de uma melhor qualidade de vida, pela prática competitiva e, até mesmo, pelas vivências ambientalistas. Mas, de acordo com as tendências que o mundo actual impõe e o estilo de vida das pessoas, são necessários métodos sistematizados que possibilitem a melhoria da aprendizagem da canoagem, sendo que os aprendizes do desporto querem com o menor tempo possível desenvolver a prática com o máximo de segurança possível.
Assim, com os poucos estudos apresentados na área da canoagem deixo aqui o link de um artigo sobre a metodologia a adoptar para o ensino da canoagem:



Após a leitura deste artigo, pode-se dizer que até uma pessoa leiga sobre a canoagem poderá entender as sistemáticas do funcionamento desta modalidade. Porém, é de extrema necessidade para qualquer pessoa que queira trabalhar com a canoagem, ter noções de didáctica, bem como conhecimentos fisiológicos, biomecânicos, cinesiológicos e o domínio da expressão falada e corporal. Tais factores auxiliarão o professor à frente de uma turma de canoagem, possibilitando o entendimento dos movimentos dos canoístas e o funcionamento do modo de acção da máquina humana neste desporto náutico.

Por: Davide Esteves

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Canoagem: Análise Cinesiológica da Remada Básica

Abordando apenas a remada em frente e baseado em Bernasconi e Tenucci (1998) citados por (Moreira & Parada, 2005) dividimos a remada em 4 movimentos, a entrada, puxada, saída e recuperação.

Assim a entrada ocorre quando a pá do remo passa a aproximadamente uns 50 cm da superfície da água, tendendo para posição horizontal, devendo ser realizado da forma mais alongada possível.
A segunda etapa ou movimento é o Power Stroke, sendo aqui traduzida como puxada. O remo tende a angular de paralelo a perpendicular a água. É a fase aquática mais importante para a impulsão do barco.
A terceira etapa, saída, acontece quando a pá do remo, embora ainda dentro da água, passa da linha do ombro do praticante.
A última fase é a da recuperação, conhecida como a fase aérea.
A seguir, tem-se as posições estáticas, quadro a quadro, com a ação de cada articulação envolvida. apesar de serem visto neste texto em posições estáticas, foram analisados de forma dinâmica, através de vídeo.
1. Posição inicial

Lado esquerdo
Pescoço- EXTENSÃO e INCLINAÇÃO À ESQUERDA;
Ombro - EXTENSÃO, ABDUÇÃO e ROTAÇÃO INTERNA;
Cotovelo -FLEXÃO e PRONAÇÃO;
Punho - EXTENSÃO DO CARPO;
Falanges - FLEXÃO;
Escápula - ROTAÇÃO EXTERNA, ELEVAÇÃO e ADUÇÃO;
Coluna estabilizada
Quadril - FLEXÃO e ADUÇÃO;
Joelho - FLEXÃO;
Tornozelo - DORSI-FLEXÃO.
Pé- ROTAÇÃO EXTERNA de QUADRIL.

Lado direito
Ombro - POSIÇÃO NEUTRA;
Cotovelo -FLEXÃO e PRONAÇÃO;
Punho - EXTENSÃO;
Falanges - FLEXÃO;
Polegar - FLEXÃO e ABDUÇÃO.
A Escápula está estabilizada. O restante das articulações é igual.

2. Entrada

Lado esquerdo
Pescoço- FLEXÃO e ROTAÇÃO LATERAL;
Ombro - FLEXÃO, ABDUÇÃO e ROTAÇÃO INTERNA;
Cotovelo - EXTENSÃO e PRONAÇÃO;
Punho - NEUTRO;
Falanges - FLEXÃO;
Escápula- ROTAÇÃO EXTERNA E ABDUÇÃO;
Coluna- FLEXÃO e INCLINAÇÃO;
Abdómen- FLEXÃO e ROTAÇÃO LATERAL PARA ESQUERDA;
Quadril - FLEXÃO e ADUÇÃO;
Joelho - FLEXÃO;
Tornozelo - DORSI-FLEXÃO.
Pé - ROTAÇÃO EXTERNA (QUADRIL)
Lado direito
Ombro- FLEXÃO, ABDUÇÃO e ROTAÇÃO INTERNA;
Escápula - ROTAÇÃO EXTERNA com ABDUÇÃO e ELEVAÇÃO;
Cotovelo- FLEXÃO e PRONAÇÃO;
Punho - POSIÇÃO NEUTRA;
Falanges - EXTENSÃO.
Os movimentos dos membros inferiores são iguais ao do lado esquerdo.

3. Puxada

Lado esquerdo

Pescoço- FLEXÃO e ROTAÇÃO LATERAL PARA A ESQUERDA;
Ombro- EXTENSÃO , ADUÇÃO e ROTAÇÃO INTERNA;
Cotovelo - FLEXÃO e PRONAÇÃO;
Punho - EXTENSÃO;
Falanges - FLEXÃO;
Escápula - ROTAÇÃO INTERNA, ADUÇÃO e ABAIXAMENTO.
Coluna- FLEXÃO, INCLINAÇÃO e ROTAÇÃO LATERAL PARA ESQUERDA;
Quadril - FLEXÃO e ADUÇÃO;
Joelho - FLEXÃO;
Tornozelo - DORSI-FLEXÃO.
Pé - ROTAÇÃO EXTERNA (QUADRIL)

Lado direito
Ombro- FLEXÃO, ADUÇÃO e ROTAÇÃO INTERNA;
Cotovelo- EXTENSÃO e PRONAÇÃO;
Punho - EXTENSÃO;
Falanges - FLEXÃO;
Escápula - ROTAÇÃO EXTERNA com ABDUÇÃO e ELEVAÇÃO.
Os membros inferiores realizam os mesmo movimentos do lado esquerdo.
4. Saída


Lado esquerdo

Pescoço- POSIÇÃO NEUTRA;
Ombro- EXTENSÃO, ADUÇÃO e ROTAÇÃO INTERNA;
Cotovelo - FLEXÃO e PRONAÇÃO;
Punho - EXTENSÃO;
Falanges - FLEXÃO;
Escápula - POSIÇÃO NEUTRA;
Coluna- EXTENSÃO;
Abdómen- ROTAÇÃO LATERAL PARA ESQUERDA;
Quadril - EXTENSÃO;
Joelho - FLEXÃO;
Tornozelo - DORSI-FLEXÃO.

Lado direito
Ombro- FLEXÃO, ADUÇÃO e ROTAÇÃO INTERNA;
Cotovelo- EXTENSÃO e PRONAÇÃO;
Punho - EXTENSÃO;
Falanges - FLEXÃO;
Escápula - ROTAÇÃO EXTERNA com ABDUÇÃO e ELEVAÇÃO.
Os membros inferiores realizam os mesmo movimentos do lado esquerdo.
5. Recuperação
Lado esquerdo

Pescoço- EXTENSÃO e INCLINAÇÃO;
Ombro - EXTENSÃO e ADUÇÃO;
Cotovelo -FLEXÃO e PRONAÇÃO;
Punho - EXTENSÃO DO CARPO;
Falanges - FLEXÃO;
Escápula - ROTAÇÃO INTERNA e ADUÇÃO;
Coluna estabilizada
Quadril - FLEXÃO;
Joelho - FLEXÃO;
Tornozelo - DORSI-FLEXÃO.
Pé - ROTAÇÃO EXTERNA (QUADRIL)
Lado direito
Ombro - ABDUÇÃO, FLEXÃO e ROTAÇÃO INTERNA;
Cotovelo -FLEXÃO e PRONAÇÃO; (pronador quadrado e redondo).
Punho - EXTENSÃO;
Falanges - FLEXÃO;
Polegar - FLEXÃO e ABDUÇÃO;
Escápula - ROTAÇÃO EXTERNA, ABDUÇÃO e ELEVAÇÃO.
Os membros inferiores realizam os mesmo movimentos do lado esquerdo.

A BILATERALIDADE
A biomecânica do movimento da Passagem do remo é igual para os dois lados.

6. Passagem 1
Lado direito

Pescoço- POSIÇÃO NEUTRA;
Ombro- FLEXÃO, ABDUÇÃO e ROTAÇÃO EXTERNA;
Cotovelo- FLEXÃO e PRONAÇÃO;
Punho- POSIÇÃO NEUTRA;
Falanges- FLEXÃO;
Escápula- ROTAÇÃO EXTERNA e ABDUÇÃO;
Coluna- NEUTRA;
Quadril - FLEXÃO;
Joelho - FLEXÃO;
Tornozelo - DORSI-FLEXÃO;
Pé - ROTAÇÃO EXTERNA (QUADRIL)
Lado esquerdo
Pescoço- POSIÇÃO NEUTRA;
Ombro- EXTENSÃO, ABDUÇÃO e ROTAÇÃO INTERNA;
Cotovelo- FLEXÃO e PRONAÇÃO;
Punho- POSIÇÃO NEUTRA;
Falanges- FLEXÃO;
Escápula- ROTAÇÃO INTERNA e ADUÇÃO;
Coluna, Quadril, Joelho e Tornozelo- Idem aos quadros anteriores.

7. Pegada dupla com elevação do remo- lado direito e esquerdo


Pescoço- FLEXÃO, INCLINAÇÃO À DIREITA e ROTAÇÃO PARA A DIREITA.

Ombro- FLEXÃO, ADUÇÃO e ROTAÇÃO INTERNA;
Cotovelo- FLEXÃO e PRONAÇÃO;
Punho- FLEXÃO;
Falanges - FLEXÃO;
Polegar- FLEXÃO;
Escápula- ROTAÇÃO EXTERNA, ABDUÇÃO e ELEVAÇÃO;
Coluna- POSIÇÃO NEUTRA;
Quadril - FLEXÃO;
Joelho - FLEXÃO;
Tornozelo - DORSI-FLEXÃO;
Pé- ROTAÇÃO EXTERNA (QUADRIL).

8. Passagem 2
Lado esquerdo

Pescoço- FLEXÃO, INCLINAÇÃO À DIREITA e ROTAÇÃO PARA A ESQUERDA;
Ombro- FLEXÃO, ABDUÇÃO e ROTAÇÃO INTERNA;
Cotovelo- FLEXÃO e PRONAÇÃO;
Punho- EXTENSÃO;
Falanges - FLEXÃO;
Polegar- FLEXÃO;
Escápula- ROTAÇÃO EXTERNA, ELEVAÇÃO e ABDUÇÃO;
Coluna- EXTENSÃO;
Quadril - FLEXÃO;
Joelho - FLEXÃO;
Tornozelo - DORSI-FLEXÃO;
Pé- ROTAÇÃO EXTERNA (QUADRIL)
Lado direito
Pescoço- FLEXÃO, INCLINAÇÃO À DIREITA e ROTAÇÃO PARA A DIREITA.
Ombro- FLEXÃO, ADUÇÃO e ROTAÇÃO INTERNA;
Cotovelo- FLEXÃO e PRONAÇÃO;
Punho- EXTENSÃO;
Falanges - FLEXÃO;
Polegar- FLEXÃO;
Escápula- ROTAÇÃO EXTERNA e ABDUÇÃO;
Coluna- EXTENSÃO
Quadril - FLEXÃO.
Os membros inferiores realizam os mesmo movimentos do lado esquerdo.
9. Inicio entrada na água
Lado direito

Pescoço- FLEXÃO e ROTAÇÃO PARA A DIREITA;
Ombro- EXTENSÃO, ADUÇÃO e ROTAÇÃO INTERNA;
Cotovelo- EXTENSÃO e PRONAÇÃO;
Punho- EXTENSÃO;
Falanges - FLEXÃO;
Polegar- FLEXÃO;
Escápula- ROTAÇÃO INTERNA e ADUÇÃO;
Coluna-ABAIXAMENTO e INCLINAÇÃO;
Quadril - FLEXÃO.

Lado esquerdo
Pescoço- FLEXÃO e ROTAÇÃO;
Ombro- FLEXÃO, ADUÇÃO e ROTAÇÃO INTERNA;
Cotovelo- EXTENSÃO e PRONAÇÃO;
Punho- EXTENSÃO;
Falanges - FLEXÃO;
Polegar- FLEXÃO;
Escápula- ROTAÇÃO EXTERNA, ABDUÇÃO e ELEVAÇÃO;
Coluna- FLEXÃO e INCLINAÇÃO;
Quadril - FLEXÃO;
Joelho - FLEXÃO;
Tornozelo - DORSI-FLEXÃO;
Pé- ROTAÇÃO EXTERNA
Vale acrescentar que joelho e tornozelo, mantém-se na mesma posição, como forma de estabilizar o corpo.





Após a análise cinesiológica, observou-se a ocorrência de intensa movimentação das articulações, principalmente de membro superior: pescoço, ombro, cotovelo e escápula bem como coluna, abdómen e quadril. Assim podem ocorrer algumas lesões como:
• Tendinites de punho e ombro, em função da empunhadura errada, da ausência de recuperação de braço e de alongamentos antes das remadas;

• Extravasamento de líquido sinovial, principalmente no punho, como decorrência do despreparo técnico quanto à empunhadura, ao trajeto e à não socialização do transporte da canoa e equipamentos;
• Problemas cervicais no pescoço e ombro, devido a manutenção de contração dessa musculatura aliada à falta de alongamentos no processo;
• Dores lombares e dorsais devido a má postura;
• Incómodo no cóccix, devido ao posicionamento não ereto da coluna durante a remada, falta de alongamento lombar, fortalecimento abdominal e ausência da espuma no assento do barco e ainda,
• Torsões, luxações no joelho, ocorridas no embarque e desembarque provocadas pela ausência de prática do desporto, ou ainda caimbras, adormecimento e formigamentos.

Bibliografia

Moreira, J., & Parada, K. (Abril de 2005). Canoagem: Análise Cinesiológica da Remada Básica. http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 83 .

Por: Davide Esteves

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Canoagem



História


A canoa é originária dos índios da América do Norte e o caiaque dos esquimós da Gronelândia, do Alasca e do Lavrador.

Efectivamente a técnica que hoje se usa nos barcos vêm-nos dos povos atrás referidos. Mas se se considerar que a especificidade da canoa e do caiaque vem do facto dos meios de propulsão não serem fixos à embarcação, teremos exemplos bem mais antigos. Os egípcios por exemplo usavam embarcações que se podem considerar precursoras da canoa (séc. XV A.C.). Os astecas (séc. III a IX depois de Cristo) usavam embarcações impulsionadas por pás.

A Canoa Índia, cujas primeiras referências datam do séc. XVI do Canadá, apresentam dentro da forma base várias dimensões, chegando a transportar mais de dezena e meia de pessoas.

As embarcações esquimós são constituídas em pele sobre armações de madeira. Apesar de serem utilizadas desde tempos longínquos, as primeiras referências datam de 1619.

A palavra que conhecemos hoje (canoa) deriva da palavra Kenu, que significa dugout, um tipo de canoa feito de tronco de árvore. Por muitos anos (e até mesmo hoje), foi o meio de transporte mais usado na colonização da América do Norte, Amazonas e Polinésia.

A canoagem é um desporto náutico, praticado com canoa ou caiaque, sendo modalidade Olímpica desde 1936



Modalidades

Existem várias modalidades das quais se destacam o Freestyle, Canoagem Oceânica, Caiaque-Pólo, Maratonas, Canoagem Velocidade, Canoagem Slalom e por fim a canoagem de rápidos. As duas últimas modalidades olímpicas.

Canoagem velocidade (Sprint)

A Canoagem Velocidade é a disciplina mais conhecida da canoagem. Esta modalidade da Canoagem desenrola-se normalmente em canais construídos artificialmente, com 2.000 metros de comprimento e 3 metros de profundidade, sendo todo o percurso de nove pistas balizado. As competições disputam-se em embarcações muito elegantes e rápidas, mas muito instáveis, denominadas de: Caiaque (K1, K2 e K4) e Canoa (C1 C2 e C4). Nas canoas apenas competem os homens. A partir de 2007 a Federação Internacional de Canoagem reconheceu a prática da mulher na Canoa. O continente americano é pioneiro nessa modalidade.

Nos Jogos Olímpicos, realizam-se competições nas distâncias de 500 e 1000 metros. Em campeonatos mundiais e campeonatos continentais além das distâncias olímpicas realizam-se ainda competições de 200 metros. A modalidade é praticada em embarcações de 1, 2 ou 4 pessoas. Sendo praticada em Caiaque denomina-se de K1, K2 e K4 conforme o número de tripulantes da embarcação, sendo em Canoa denomina-se de C1, C2 e C4 respectivamente.

Atletas portugueses da selecção nacional de pista

• Emanuel Silva

• Leonel Correia

• Pedro Santos

• Teresa Portela

• Beatriz Gomes

• Joana Sousa

• Helena Rodrigues

Canoagem slalom

Modalidade olímpica desde 1992, a Canoagem Slalom é praticada com caiaques ou canoas em águas rápidas, em percursos que variam entre 250 e 300 metros, definidos por "portas", que o canoeiro deve percorrer sem faltas e no menor tempo possível.

Pelas regras da modalidade, os canoeiros devem passar por 18 a 25 “portas”, penduradas por arames suspensos, seguindo a sequência numérica e o sentido indicado nelas – a favor ou contra a correnteza. O percurso deve ser percorrido duas vezes (com a soma dos tempos) e penalidades equivalem a um determinado número de pontos.

Cada ponto é igual a um segundo de acréscimo no tempo final. Tocar com o corpo, a embarcação ou o remo numa das balizas da porta ultrapassada, por exemplo, equivale a uma penalidade de dois pontos. Irregularidades mais graves como puxar a “porta” intencionalmente, cruzar a “porta” na direcção inversa, deixar de passar por uma “porta” ou ultrapassar uma “porta” de cabeça para baixo são punidas com 50 pontos, o que significa um acréscimo de 50 segundos no tempo final. Vence quem fizer o percurso em menos tempo, incluindo todas as penalidades.

Nas Olimpíadas, a modalidade é disputada nas categorias K1 (M/F), C1 e C2. Nos Campeonatos Mundiais, existem provas disputadas por equipa, com três barcos de cada categoria.

Características dos barcos da Canoagem Slalom:

K1 - Caiaque para uma pessoa. Comprimento mínimo: 3,50 m. Largura mínima: 0,60 m. Peso mínimo: 9 kg. C1 - Canoa para uma pessoa. Comprimento mínimo: 3,50 m. Largura mínima: 0,65 m. Peso mínimo: 10 kg. C2 - Canoa para duas pessoas. Comprimento mínimo: 4,10 m. Largura mínima: 0,75 m. Peso mínimo: 15 kg.

Freestyle / Rodéu

O Freestyle é uma das mais recentes variantes da canoagem. Foi oficialmente reconhecida pela Federação Internacional de Canoagem em Outubro de 2004. O objectivo da competição de Freestyle é realizar num determinado tempo várias manobras com a embarcação numa onda de rio, e obter uma pontuação com base na quantidade de movimentos e variedade de figuras conforme uma tabela preestabelecida.

Canoagem oceânica

A Canoagem Oceânica é uma disciplina da canoagem que consiste em realizar um determinado percurso no mar. São utilizadas embarcações específicas, devido às variadas condições que se pode encontrar ao decorrer da prova.

Caiaque-pólo

O Caiaque-Pólo é uma disciplina de canoagem que se disputa numa área de jogo de 35 por 23 metros, delimitada em piscinas, rios ou lagos, e cujo objectivo consiste na marcação do maior número de golos na baliza adversária, que tem com 1m por 1,5 metros e está suspensa a dois metros da superfície da água.

Os encontros têm duas partes de 10 minutos e são disputados por duas equipas de cinco elementos (três suplentes com substituições ilimitadas), podendo a bola ser jogada com a mão ou a pagaia.

Canoagem maratona

A Canoagem Maratona disputa-se com as mesmas embarcações da Canoagem Velocidade, apenas diferindo no facto de serem mais leves. As competições realizam-se em distâncias superiores a 15 km. Durante a competição, os atletas são obrigados a realizar um ou mais percursos em terra correndo com a embarcação na mão, percurso durante o qual aproveitam para se alimentar e hidratar.

Turismo / Aventura

Turismo e aventura é uma especificidade da canoagem que não se enquadra nos padrões de desporto de competição. O objectivo principal desta variação é a aproximação do homem com a natureza favorecendo a compreensão da sua grandiosidade e consequentemente o respeito a mesma, transformando-os em agentes multiplicadores dessa acção. Ao mesmo tempo, na sua prática, não despreza os benefícios gerados pela actividade desportiva, pois nesta modalidade os envolvidos na grande maioria das vezes empregam seus esforços em "passeios" de longa distância que trazem enormes benefícios ao sistema cardio-pulmonar, requerendo dos praticantes que se mantenham com um bom nível de aptidão física. Isso implica a manutenção de hábitos saudáveis de vida tanto no campo alimentar como em outras actividades físicas complementares que manterão seus níveis de força e capacidade cardio-pulmonar.

Os locais onde essa modalidade pode ser desenvolvida são os mais diversos: rios, represas, lagos, mares e oceanos (para os mais destemidos e experientes).

Deve-se escolher a embarcação mais adequada para a situação a ser enfrentada. Os caiaques do tipo oceânico são os mais propícios para remadas que envolvam longas distâncias, são rápidos e possuem compartimento de carga que permitem levar provisões. A canoa canadense, para águas abrigadas (rios, represas, lagos), são uma opção interessante, não são tão rápidas quanto os caiaques, mas possuem uma capacidade imensamente superior para o transporte de carga. Numa expedição que envolva vários dias, uma ou mais canoas canadenses são bem-vindas, nelas poderão ser transportados equipamentos maiores além de acomodarem com conforto duas pessoas.

Canoagem onda

Modalidade que vem ganhando muitos adeptos nos últimos anos. No Brasil, divide-se em duas classes: Kayak Surf e Waveski. No Kayak Surf, o atleta surfa dentro de um caiaque especialmente produzido para isso. O Waveski é praticado sobre uma prancha desenvolvida para ter melhor flutuação e estabilidade na onda. O praticante usa um remo com duas pás e fica preso à prancha por um cinto, mantendo os pés encaixados numa pedaleira junto ao bico. Muitas vezes a expressão Canoagem Onda é usada para identificar apenas o Kayak Surf.



Bibliografia:

http://pt.wikipedia.org

http://canoas.no.sapo.pt/historia.htm

Por: Davide Esteves

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Jet kayak


Shaun Baker é actualmente considerado o melhor extreme kayaker do mundo. Este é detentor de quatro recordes oficiais destacando o "World Freefall Kayak", recorde que regista uma queda vertical pura de 19,7 metros. Este foi alcançado em 1996 batendo o seu anterior recorde que era de 15 metros, regista ainda alguns recordes de velocidade de descidas em altura.

Iniciou a sua actividade em caiaque quando os pais decidiram oferecer-lhe um caiaque. Shaun tinha apenas 10 anos de idade. Assim nasceu uma paixão e apenas com 16 anos liderou uma expedição à boca do inferno no Norte de do país de Gales com o amigo de escola Nick Mallabar, de Kingussie na Escócia. A partir desta data são inúmeras as expedições realizadas por este extreme kayaker que decidiu fazer da sua paixão um modo de vida. Além das mais loucas aventuras já passadas, Shaun dedica algum do seu tempo a dar aulas de caiaque e ainda a criar e a melhorar dispositivos de segurança para caiaque. Muitos dos especialistas referem que deve ser o mais qualificado e competente extreme kayaker do mundo.

Assim, quando o simples facto de descer rios acidentados e saltar quedas de água de quase 20 metros de altura já não era divertido e excitante o suficiente, Shaun Baker decidiu inovar, criando assim um novo conceito o “Jet Kaiak”. Este conceito apareceu apenas nos finais do ano 2005 quando Shaun iniciou os seus primeiros testes ao seu novo caíque agora equipado com um motor. Este foi desenvolvido em parceria com Andy Selway e com a ajuda de Richard Axon, Phil e David Burguess. Apenas em Março de 2006 Shaun fez a sua primeira aparição ao mundo manobrando o jet kayak acompanhado de uma equipa televisiva, a Orca Media’s e de um fotógrafo, Darren Baker.

A partir deste momento foram aparecendo outros modelos de jet kayak sendo estes mais vocacionados para a vertente do turismo, onde a velocidade não é o principal atractivo mas sim as paisagens e o prazer de navegar próximo do nível da água, proporcionando assim aos praticantes um bem-estar e um conforto muito agradável em contacto com a natureza.

Por Davide Esteves

Bibliografia: